sexta-feira, abril 30, 2010

Mia Couto

Com uma personalidade cativante e uma escrita muito própria, Mia Couto é uma personalidade importante de Moçambique.

Seu verdadeiro nome António Emílio Leite Couto mas desde criança que é conhecido por Mia já que seu irmão mais novo era incapaz de pronunciar «Emílio».

Descendente de portugueses Mia Couto é um dos mais conhecidos escritores moçambicanos nascido a 5 de Julho de 1955 na cidade da Beira, em Moçambique.

Apesar de ter começado a estudar medicina, acabou por abandonar a carreira para se dedicar inteiramente ao jornalismo, onde chegou a ocupar o cargo de Diretor de Informação de Moçambique. Mais tarde, formou-se em biologia, profissão que exerce até os dias de hoje.

A escrita tem sido sua paixão constante, desde a poesia, na qual se estreou em 1983, com "A Raiz de Orvalho", até à escrita jornalística e à prosa de ficção.

É considerado um dos nomes mais importantes da nova geração de escritores africanos que escrevem em português. Este estatuto incontestado deve-se não só à forma como descreve e trata os problemas da vida quotidiana do Moçambique contemporâneo, mas principalmente à inventiva poética da sua escrita, numa permanente descoberta de novas palavras através de um processo de mestiçagem entre o português "culto" e as várias formas e variantes dialectais introduzidas pelas populações moçambicanas. É aquilo a que chama de «o prazer de desarrumar a língua».

Como há no povo moçambicano uma tradição de transmissão oral da cultura, Mia Couto combina a sua escrita de maneira a ligar a tradição oral africana à tradição literária ocidental.

Seu primeiro romance, "Terra Sonâmbula" publicado em 1992, ganhou o Prémio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos de 1995 e este livro foi considerado um dos 12 melhores livros africanos do século XX. Este romance que tem como pano de fundo a guerra em Moçambique, traça um quadro de um realismo forte e brutal que foi até adaptado ao cinema.
Vale a pena conferir. Veja o trailer em:


Mia Couto é hoje o autor moçambicano mais traduzido e divulgado no estrangeiro. Recebeu vários prémios entre eles o Prémio Vergílio Ferreira que é um dos mais conceituados na literatura portuguesa.

Livros seus (como “A Varanda do Franjipani” e contos extraídos de “Cada Homem é uma Raça”) foram adaptados para teatro em diferente países como Moçambique, Portugal e Brasil.

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